Setembro Amarelo: O Lado Espiritual do Suicídio que a Psicologia Ignora

A Crise da Depressão: Causas e a Necessidade de uma Abordagem Abrangente

O cenário atual aponta para uma escalada preocupante nos casos de depressão no Brasil e no mundo. Estima-se que cerca de 42 milhões de brasileiros já tenham sofrido ou estejam sofrendo com essa condição, sendo que, neste exato momento, 12 milhões estão diagnosticados. A depressão é reconhecida como a doença mais incapacitante e, infelizmente, a mais subestimada da atualidade. Muitos não buscam ajuda, e uma parcela significativa recebe diagnósticos incorretos.

O impacto dessa doença é vasto, abrangendo desde o absenteísmo e a queda de produtividade no âmbito econômico, até o sofrimento familiar e a perda do brilho na vida das pessoas.

O Risco do Tratamento Medicamentoso Isolado

Um ponto alarmante é o uso crescente de medicamentos antidepressivos, especialmente quando administrados sem uma abordagem multidisciplinar. Isso é frequentemente comparado a “um tiro no pé”. Embora os medicamentos possam ser necessários por um curto período em casos muito especiais, eles nunca devem substituir a terapia, o apoio social e as mudanças nos hábitos de vida.

Quando uma pessoa é diagnosticada com depressão, muitas vezes o foco recai apenas na medicação, que é a parte mais fácil, mas também a mais danosa quando tratada isoladamente.

Uma questão estrutural que agrava isso é a remuneração médica “medíocre” em alguns convênios, onde consultas de valores muito baixos levam os profissionais a atenderem com extrema rapidez, o que, por consequência, aumenta a imperícia e a negligência. Em um cenário onde o tempo de consulta é inversamente proporcional à negligência, é comum que as pessoas busquem informações em outras fontes, como redes sociais ou artigos online, aprendendo mais sobre seu quadro do que com o médico.

Muitas vezes, as pessoas confundem cansaço, estresse e ansiedade com depressão, rotulando-se rapidamente. É crucial diferenciar um quadro de melancolia profunda — que pode ser momentâneo, causado por fatores externos como dívidas, excesso de trabalho e sobrecarga familiar — de um transtorno depressivo clínico.

A Necessidade de uma Abordagem Multidisciplinar

O acompanhamento profissional é fundamental, mas o foco não deve estar restrito ao médico ou psiquiatra. Eles são parceiros em um “time de futebol”, cada um com sua função específica. O tratamento eficaz exige uma visão ampla, incluindo:

* **Nutrólogo e Nutricionista:** A saúde física tem um impacto direto. A alimentação pobre em nutrientes essenciais para o cérebro, como Ômega-3 e vitaminas do complexo B, pode levar a sintomas depressivos. Em alguns casos, uma simples injeção de vitaminas do complexo B pode gerar uma sensação de “renascimento”.
* **Personal Trainer:** O sedentarismo é um grande gerador de melancolia. A falta de atividade física impacta negativamente a produção de endorfina, serotonina e ocitocina, hormônios cruciais para o bem-estar e afeto.
* **Sono Adequado:** O sono inadequado afeta diretamente o humor e a resiliência emocional.

Outras questões físicas importantes incluem a “depressão de intestino”, ligada à inflamação causada pelo consumo de trigo e massas. A serotonina, importante para o humor, é processada no intestino; uma digestão prejudicada ou o intestino “enfezado” pode gerar irritabilidade e mal-estar. A microbiota intestinal também tem relação direta com o humor e a energia. Álcool, drogas e cigarro são considerados venenos nesse processo.

Fatores Energéticos e Emocionais

A depressão, sob uma ótica bioenergética, é vista como uma “depressão da aura”, como se o sol estivesse tímido, gerando uma falha no campo energético. Metafisicamente, é uma falha na “lâmpada” do campo de energia.

Além dos desequilíbrios do dia a dia, traumas não processados — como abusos, perdas ou rejeições antigas — criam padrões de pensamento repetitivos que se acumulam e levam a pessoa a um estado de fadiga crônica, insônia e apatia. Nesses casos, terapias que atuam diretamente no campo energético, como as abordagens que trabalham a aura, podem proporcionar alívio imediato e auxiliar na reconfiguração do ser.

Outros fatores cruciais que contribuem para a depressão incluem:

* **Estresse e Cortisol:** O contato prolongado e exagerado com o estresse eleva o cortisol, comprometendo os neurotransmissores e gerando uma sensação de prisão e desamparo.
* **Falta de Pausas:** A ausência de pausas, de momentos para respirar, tomar um sol ou apenas “pôr o pezinho no chão”, agrava os sintomas.
* **Desconexão Espiritual e Propósito:** A falta de conexão com valores pessoais, um propósito maior ou a espiritualidade (seja através de igreja, centro, grupo esotérico, etc.) gera um vazio existencial, a sensação de ter tudo e não ter nada, e de estar fora do fluxo natural da vida.
* **Egoísmo:** A depressão tende a levar ao egoísmo, focando apenas no próprio sofrimento. Uma das maiores terapias para isso é o envolvimento em causas sociais e caridade, que reconecta o indivíduo com algo maior.

O Papel da Química Cerebral e a Limitação dos Remédios

Muitos estudiosos afirmam que a depressão é puramente causada por um desequilíbrio químico cerebral, o que justifica a medicação. Contudo, o medicamento não regula a química; ele apenas coloca um “tampão”, impedindo a percepção dos sentimentos.

A introdução de substâncias químicas no cérebro, que não está biologicamente pronto para elas, pode ser interpretada como um ataque ou alergia, gerando efeitos colaterais, incluindo sintomas de psicose. Os medicamentos, como os tricíclicos ou benzodiazepínicos, originalmente nem foram criados para a depressão (alguns foram desenvolvidos para tuberculose).

O remédio anula a percepção da realidade; a cura, por outro lado, surge quando a pessoa aprende sobre sua realidade e ganha força para enfrentá-la. A recuperação verdadeira exige o fortalecimento de todos os aspectos da vida.

Comparando estresse e depressão, o estresse (que gera raiva e fúria) é preferível, pois motiva a ação. A depressão, por sua vez, imobiliza, tirando a força para fazer qualquer coisa. Em alguns casos, é necessário estimular a raiva (positiva e inconformada) para tirar a pessoa da melancolia e direcioná-la à autorrealização.

A recuperação plena envolve o fortalecimento do ser em todas as suas dimensões, pois a depressão sinaliza que a vida, como está estruturada, está errada.