Quatro Disfarces da Mente Comum

Os Quatro Disfarces da Mente Comum e Reativa que Bloqueiam a Transformação

Existem padrões mentais que frequentemente nos impedem de alcançar a transformação que desejamos e de realizar nossos sonhos, metas e objetivos. Neste artigo, exploramos quatro disfarces poderosos da mente comum e reativa que atuam como bloqueadores, dificultando o progresso genuíno.

É crucial entender que cerca de 98% da nossa mente opera de forma inconsciente, automática, moldada por hábitos e comportamentos que muitas vezes nem percebemos. A crença de que a força de vontade é suficiente para superar esses padrões automáticos raramente se sustenta. Embora você seja o *atma* com 100% de poder, na terceira dimensão, você é um ser de hábitos, regido majoritariamente por essa programação subconsciente.

A boa notícia é que, ao identificar esses disfarces, podemos começar o processo de mudança. Muitas vezes, o tom de voz ou as palavras que escolhemos revelam o que realmente está no nosso subconsciente, e não o que a nossa mente consciente deseja comunicar.

A seguir, detalhamos os quatro disfarces mais comuns.

1. O Disfarce da Procrastinação

O disfarce da procrastinação se manifesta quando deixamos de fazer aquilo que é necessário. A mente consciente, racional e lógica, reconhece a importância de certas ações para atingir metas – como meditar para ter mais saúde e prosperidade –, mas falha em agir.

Isso ocorre porque as nossas escolhas são, em grande parte, tomadas pelo cérebro límbico, o sistema emocional e subconsciente. Quando o subconsciente está carregado de memórias e padrões antigos, ele impede a ação desejada pela mente consciente.

A procrastinação não é apenas preguiça; é o sistema emocional se protegendo, adiando o que parece exigir um esforço maior ou algo desconhecido. É comum criar distrações momentâneas (como arrumar um vaso de plantas quando deveríamos meditar) para evitar o desconforto da ação necessária, o que nos mantém no ciclo de “amanhã eu começo”.

A procrastinação está intrinsecamente ligada às memórias limitantes e aos padrões de sofrimento emocional, tornando-se um forte bloqueador para quem busca a transformação.

2. O Disfarce da Distração

Este disfarce está intimamente ligado à procrastinação. Enquanto você decide fazer algo benéfico, a mente se distrai com outras coisas. A distração acontece porque a energia, em vez de ser focada em uma única direção (a meta desejada), torna-se difusa, impedindo a realização de qualquer coisa significativa.

Com a mente comum e reativa, permitimos, de forma automática e inconsciente, que interrupções nos desviem do foco. Na rotina moderna, repleta de interrupções tecnológicas, é fácil esquecer o objetivo inicial.

A distração gera um alívio temporário, como um salvo-conduto, mas nos impede de concentrar a energia necessária para alcançar o que realmente importa, como ter mais saúde, prosperidade ou abundância. O resultado é o sentimento de que “ano que vem eu consigo”, adiando a realização dos seus objetivos.

3. O Disfarce da Ocupação

O disfarce da ocupação manifesta-se na constante sensação de estar “na correria” ou “sem tempo”. Esta é outra faceta da distração, onde usamos o excesso de atividades como uma desculpa para não cuidar de nós mesmos.

A crença de que estar sempre ocupado é sinônimo de sucesso é um erro comum. Essa ocupação excessiva nos impede de reservar tempo – mesmo que sejam apenas 15 a 20 minutos diários – para cuidar da saúde mental e emocional, por exemplo.

Ao dizer que não temos tempo para o que nos faria bem, estamos, na verdade, dizendo a nós mesmos que não somos prioridade. Essa atitude abre portas para o envelhecimento precoce, estresse crônico, ansiedade e insônia. Quando priorizamos os outros ou tarefas irrelevantes, acabamos dizendo “não” para nós mesmos e para a abundância da nossa alma.

4. O Disfarce da Negação

A negação é um mecanismo de defesa poderoso da mente comum e reativa. Ela opera de duas formas principais:

1. **Negação Direta do Problema:** Ao sermos confrontados com algo que não vai bem em nossas vidas (como estresse, ansiedade ou problemas financeiros), a negação surge como uma forma de evitar o confronto com a verdade. Dizer “não estou estressada” quando se está, é um exemplo clássico. O objetivo é manter tudo “igual” e economizar energia, evitando a mudança.
2. **Negação por Comparação:** Nesta forma, a pessoa compara sua situação com a dos outros para justificar seu estado. Por exemplo: “Todo mundo está dormindo mal, então não é um problema eu dormir mal”. Essa comparação leva à negação da escassez, do sofrimento ou da doença, impedindo o reconhecimento da abundância inerente ao *atma*.

A negação, ao nos manter confortáveis na escassez, infelicidade ou doença, define nossos hábitos e comportamentos automáticos, nos bloqueando de evoluir e de manifestar a plenitude da alma. Se já tentamos algo antes (como meditar) e “não conseguimos”, a negação surge como uma armadura, dizendo: “Nem adianta tentar de novo, eu vou falhar”.

Superar esses quatro disfarces é fundamental para liberar a energia da alma e começar a construir a realidade que você realmente merece.