A Chave para a Magneticidade: Elimine a Agenda
Você se torna a sua versão mais magnética quando não tem agendas ocultas, quando você simplesmente *é*. Estar bem com a possibilidade de que as pessoas gostem ou não de você, independentemente do resultado, é a chave. Quando você age sem uma agenda, você se torna genuinamente magnético.
É fascinante notar que, sempre que conhecemos alguém com uma agenda, conseguimos sentir isso. E qual é o efeito disso? Isso repele. A agenda é uma forma de controle; a outra pessoa quer algo de você. Quando você percebe esse apego, instintivamente você levanta barreiras. Por outro lado, quando você se aproxima dos outros sem nenhuma agenda, estando no seu próprio quadro de realidade, você se torna a versão mais magnética de si mesmo.
O Perigo de Exagerar na Dádiva (Overgiving)
Quando se trata de dar, existe uma agenda oculta para quem exagera na dádiva (*overgiving*). Pessoas que se esforçam demais e se estendem excessivamente pelos outros geralmente buscam algo em troca: aliviar a própria tensão, fazer com que o outro se sinta relaxado, ou ser visto como “bom”. Isso se torna parte da identidade, e a pessoa fica presa nesse padrão.
Muitas vezes, o que impede as pessoas de mudar esse comportamento é a forte identidade que criaram em torno dele. Por exemplo, algumas pessoas se identificam como “agradadoras de pessoas” (*people pleasers*), dizendo que é simplesmente quem elas são. Cada vez que essa afirmação é feita, ela é reafirmada, dificultando a mudança.
Um exemplo disso é o caso de alguém que tolera um chefe controlador e manipulador, enquanto 15 outras pessoas que foram contratadas no mesmo local deixaram o emprego no último ano devido a essa alta rotatividade. Por que essa pessoa permanece? Porque ela encontrou um chefe com quem pode jogar o jogo: “Eu posso te agradar? Você é difícil de agradar, você é controlador, mas eu posso continuar tentando para obter a minha ‘dose'”. As outras 15 pessoas foram embora porque essa dinâmica não estava alinhada com a identidade que elas tinham de si mesmas.
A Diferença Crucial entre Amor e Validação
Quando a busca por agradar ou por dar excessivamente se torna um padrão, precisamos questionar o que estamos realmente buscando. O amor, em sua essência, é incondicional. O que muitas vezes chamamos de “linguagem do amor”, como os Atos de Serviço, pode ser, na verdade, uma **linguagem de sobrevivência** ou **linguagem de validação**, se for feita com a expectativa de receber algo em troca.
Se você é um *overgiver* e está dando incessantemente para receber amor, o que você está buscando não é amor, mas sim validação. Você quer se sentir validado e seguro.
A chave para sair desse ciclo é:
1. Tornar-se consciente do padrão.
2. Começar o trabalho interno.
3. Abrir-se para a vulnerabilidade.
A vulnerabilidade abre oportunidades. O medo é que, ao ser vulnerável, você será rejeitado. Mas a vulnerabilidade é, na verdade, um sinal de poder, pois permite que as pessoas escolham você, e você não estará mais se escondendo atrás de uma máscara, o que é comum em agradadores de pessoas e *overgivers*.
A Origem das Máscaras
A máscara do agradador de pessoas ou do *overgiver* é frequentemente usada para obter a aprovação e a validação dos pais. Lembre-se: você não é definido por esses rótulos superficiais. Você é um ser espiritual eterno vivendo uma experiência humana temporária. Você não precisa lutar ou agradar os outros para se sentir amado; você pode ter que fazer isso para se sentir validado, mas validação e amor são coisas distintas.
Se, na infância, você não sentiu amor, você pode ter se contentado com validação. Se o amor era condicional, a validação era o prelúdio para o amor, mas não era o amor genuíno.
Como se dar o que você busca nos outros
Para parar de buscar validação e aprovação de outras pessoas (seus chefes, colegas, ou seguidores), você precisa dar isso a si mesmo. O que você dá aos outros em excesso é, muitas vezes, o que você deseja dar a si mesmo.
Se você é um *overgiver*, observe: para quem você está estendendo atos de serviço ou excesso de ajuda? Muitas vezes, isso é uma forma de evitar lidar com seus próprios problemas.
O *overgiving* e o *people pleasing* frequentemente estão ligados ao papel de **resgatador** (*rescuer*) no triângulo dramático (vítima, resgatador, perpetrador). Você evita sua própria dor e sua posição de vítima ao tentar consertar os outros, pois isso lhe dá uma sensação de controle e competência.
O caminho para sair é:
* **Perdão:** Perdoar as pessoas do passado que moldaram esses padrões.
* **Reconhecer seu valor:** Entender seu próprio merecimento.
* **Dar um passo atrás:** Em alguns casos, é preciso se afastar.
* **Mudar a perspectiva:** Mudar a forma como você enxerga a outra pessoa.
O Poder da Não-Agenda
Quando você começa a desenvolver uma conexão espiritual mais profunda com algo maior que você (o Divino), você anseia menos por aprovação externa. Energeticamente, buscar a validação dos outros é fazer de outras pessoas o seu “Deus” ou sua autoridade, projetando nelas a responsabilidade de suprir suas necessidades.
Para parar de ser um “perseguidor” (*chaser*): pergunte-se o que você está buscando ao perseguir? O que você acredita que essa pessoa tem que você não tem? Você está correndo atrás de algo que só pode ser suprido internamente.
Se você está no modo de perseguição, você está, na verdade, tentando provar que é digno, parando de fazer *overgiving* para obter aprovação. A transformação acontece quando você abraça sua própria energia e para de se prender à opinião alheia.
A cura ocorre na presença de uma testemunha empática. Simplesmente estar presente com a parte de você que se sente uma vítima, ou que foi “parentificada” (forçada a assumir papéis parentais na infância), pode ser extremamente poderoso.
Respondendo a Padrões Familiares
Quando você começa a parar de agradar seus familiares, é comum que eles reajam com manipulação emocional e vitimização. Eles não ficarão felizes com a sua mudança. Essa reação pode ser um teste para ver se você mantém sua posição (*frame*).
A chave é:
* Estar ciente da manipulação emocional.
* Escolher conscientemente se você permite que isso o afete.
* Não dar munição a eles respondendo ou se explicando.
* Permitir que os outros fiquem com a energia deles, sem assumir a responsabilidade por como eles se sentem.
Aceite que, ao mudar, algumas pessoas podem não gostar da sua nova versão. O seu “remédio” é deixá-las sentir a própria energia e não aderir ao que elas esperam de você. Ao fazer isso, você não será mais manipulado e passará no teste, entrando em um novo quadro de realidade.






