O Verbo que Trava Sua Vida: Entendendo as Memórias Limitantes
Existe um verbo que, quando você o utiliza para descrever sua vida, foca sua mente, cérebro e corpo em uma vibração que pode literalmente travar sua evolução. Se a sua operação mental está centrada neste verbo, você não conseguirá progredir, transformar sua realidade ou “ropoonizar” sua vida como deseja. Qual seria esse verbo?
Neste artigo, vamos mergulhar em um ensinamento que envolve um pouco de português, o conceito de Hoponopono e, principalmente, a observação de nossos pensamentos e sentimentos.
A Armadilha da Projeção: Vendo nos Outros, Não em Si Mesmo
É crucial abrir o coração para a reflexão de hoje, pois a mente, quando carregada de memórias, tende a projetar. Você pode observar falhas, atitudes ou comportamentos em seu marido, pai, sogro, irmão ou chefe, pensando: “Eu não sou assim, eu não faço isso.”
Isso nos remete a um conceito fundamental: a lei do espelho. Maturidade emocional e espiritual nos permitem reconhecer e acolher que aquilo que nos incomoda no outro, de alguma forma, ressoa dentro de nós, mesmo que não consigamos enxergar claramente no momento.
Esses pensamentos e sentimentos frequentemente operam de forma inconsciente, subconsciente, sem que tenhamos plena consciência deles. Muitas vezes, quem consegue reconhecer esses padrões são aqueles que já estão em um processo ativo de autoconhecimento e autoobservação.
O Passado Repetido Quimicamente: O Registro das Experiências
Antes de revelar o verbo central, pense em situações cotidianas:
* Você compartilha uma ideia de negócio promissora, analisada e com potencial de mercado, e alguém responde: “Não esquece, isso não vai dar certo. Quando eu tinha 30 anos, tentei algo parecido e não funcionou.”
* Você anuncia a decisão de mudar seu estilo de vida, alimentação e hábitos de meditação, e ouve: “Não adianta tentar, porque quando eu estava na sua idade, eu tentei e não deu certo para mim.”
Essas pessoas, ao nos jogarem “água fria”, utilizam a energia do passado para nos paralisar no presente. O verdadeiro Hoponopono nos convida a olhar para dentro, pois o mundo exterior é apenas um reflexo.
O Dr. Hew Len (mencionado em textos sobre Hoponopono) afirma: **”Sentimentos memorizados limitam-nos a recriar o passado.”**
Nossas emoções, ao inundar quimicamente o corpo, criam uma alteração na nossa ordem interna. Pensamos e sentimos diferente em minutos. Quando notamos essa mudança, procuramos instintivamente no ambiente externo o que a provocou. Ao identificar o gatilho externo, criamos uma memória neurológica e química, codificando as informações ambientais em nosso cérebro e corpo.
Assim, carregamos um registro químico das experiências dolorosas e de sofrimento — as chamadas memórias limitantes.
O Corpo Inconsciente e a Paralisia da Ação
Se o nosso corpo é o nosso inconsciente, e se essas memórias estão registradas nele, de nada adianta usar frases de poder ou decretos se o corpo não se movimenta na direção desejada.
Essas memórias limitantes vêm de todas as experiências vividas, inclusive as da infância. Até os 6 anos de idade, não possuímos o filtro da mente racional analítica. Se, por exemplo, você foi deixado de lado na escola, ignorado pelos pais em favor de outros irmãos, ou sentiu que não era bom o bastante, seu corpo memorizou: “Eu fui excluído,” “Eu não sou suficiente.”
Com 30, 40 ou 50 anos, ao tentar agir em prol de um sonho (mudar de vida, começar um negócio), um gatilho semelhante dispara essa memória antiga. Sua mente resgata a sensação da criança de 5 anos: “Eu não sou capaz,” “Eu não posso errar,” “Tenho que ser perfeita.”
Você acaba vivendo, biologicamente, o mesmo estado emocional de quando tinha 5 anos. É natural que desista. É aqui que entra a figura da criança interior e suas memórias limitantes.
O Verbo do Passado
O verbo que nos trava é, portanto, aquele que nos mantém focados no **passado**:
* “Quando eu tinha 18 anos…”
* “Quando eu era criança…”
* “Naquela época era melhor…”
Ficar constantemente revivendo traumas, analisando o passado e revivendo sofrimento apenas reforça as memórias existentes no corpo e na mente. O Honrar o passado não significa ficar preso a ele, mas sim honrar as histórias vividas e, então, seguir adiante.
Os Dois Caminhos
Diante dessa constatação, temos dois caminhos:
1. Continuar revivendo o passado, permanecendo travado e sofrendo com as memórias limitantes.
2. Limpar essas memórias, acolher a dor (que é justa e honesta, pois foi vivida), perdoar a si mesmo e seguir em frente com leveza e clareza.
A boa notícia é que, como seres com livre arbítrio, podemos escolher limpar essas memórias, perdoar e seguir adiante, sentindo-nos mais leves e com esperança no futuro.
Entusiasmo e o Presente
Uma observação interessante sobre o **entusiasmo**: ele significa, literalmente, “estar cheio de Deus”. Quando estamos entusiasmados, estamos com a mente serena e “ropoonizada” no presente, com atenção positiva voltada para o futuro. Quando estamos presos ao passado, não temos planos claros para o futuro, pois estamos vivendo a ilusão das memórias antigas.
Se você se encontra revivendo o passado (“Quando eu tinha X anos…”) ao invés de focar em metas e objetivos claros para o futuro, isso é um sinal claro de que você ainda está preso às memórias limitantes.
Lembre-se: o que deu errado para você em um determinado momento de vida não é uma verdade absoluta para o seu futuro ou para outras pessoas. O momento é outro; a experiência pode ser diferente.
Honrando o Passado e Seguindo em Frente
Honrar o passado não é ficar preso revivendo o que já passou. É reconhecer as histórias e seguir adiante, sempre em direção a uma melhor versão de si mesmo.
Prática de Limpeza e Atma Mantra
Para ancorar a energia deste aprendizado, vamos praticar um momento de foco no presente e na intenção futura.
Acomode seu corpo, mantenha a coluna reta, ombros relaxados e queixo alinhado ao chão. Solte os maxilares e relaxe a língua. Mantenha os olhos fechados e faça uma respiração lenta e profunda.
Ao soltar o ar, solte um suspiro e deixe ir qualquer tensão ou preocupação, trazendo sua mente para o momento presente.
Visualize um ponto de luz brilhante e intenso no centro do seu coração, como um sol que preenche cada célula do seu corpo e irradia luz para o ambiente ao seu redor. Tudo é luz. Deixe essa luz crescer e se expandir infinitamente, conectando-se com a luz de todos os outros participantes, banhando o planeta Terra.
O Significado de Ser “Ropoonizado”
**Ropoonizado (adjetivo):** Que retornou ao estado perfeito; qualidade da mente que se libertou das memórias de dor e sofrimento do passado e reconhece sua natureza divina e abundante, que é o Atma, a alma com 100% de poder.
Vamos agora realizar o Atma Mantra para ancorar essa energia.
*(Seguem as frases do mantra)*
**Sinto muito.**
**Me perdoa.**
**Eu te amo.**
**Sou grata.**
**Eu sou luz. Eu sou amor. Eu sou o Atma. Eu tenho 100% de poder.**
**Sinto muito por todas as vezes que duvidei do tamanho da minha alma, por todas as vezes que tive medos, culpas, mágoas, frustrações e que não agi na direção do propósito da minha alma. Sinto muito.**
**Divino Criador, por favor, me perdoa e me ajuda a me perdoar. Limpa cada uma dessas memórias em sua origem, atravessando os tempos, as gerações e a eternidade.**
**Minhas memórias, eu te amo e sou grata pela oportunidade de libertá-las e transmutá-las neste momento.**
**Reconheço que eu sou luz, que eu sou amor, que eu sou o Atma, a alma, a consciência infinita e ilimitada que tem 100% de poder. Assumo agora 100% de responsabilidade pela minha vida e sei que Deus não faz nada por mim e faz tudo através de mim.**
**Sinto muito, me perdoa, eu te amo, sou grata. Eu sou luz. Eu sou amor. Eu sou o Atma. Eu tenho 100% de poder.**
Leva sua mão sobre o peito ou estala os dedos para ancorar essa energia no seu dia. Respira fundo e abra os olhos.






