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Quando você corre atrás de algo ou alguém, você está projetando para fora de si algo que só pode ser realizado internamente. O que acontece é que pessoas que perseguem algo estão procurando algo que não está dentro delas, e projetam essa necessidade ou desejo nos outros. Esse comportamento, no fim das contas, repele as pessoas em vez de atraí-las, pois a energia que você emana é de perseguição.
Pense em um cachorro: se você corre atrás dele, ele corre de você. Da mesma forma, as pessoas reagem à energia que você projeta. Quando você está focado na sua própria realidade, seguro dentro de si e presente no momento, você se torna mais magnético. Você não está sob a ilusão de que aquela pessoa ou coisa irá te fazer feliz, inteiro e completo.
A Origem da Perseguição: O Inconsciente
Ao questionar essa necessidade de buscar validação externa, muitas vezes chegamos ao cerne da questão: a criança interior. Pode haver uma parte de você que, quando criança, não se sentiu vista, ouvida, acalmada ou nutrida. Essa parte interior busca validação, atenção e reconhecimento no mundo externo — seja em amigos, no trabalho ou em parceiros românticos.
Na verdade, o que essa criança interior realmente deseja é a sua atenção. Ela quer que você esteja presente com essa parte de você. Esse é o cerne da cura da criança interior. Ao começar a atender essa parte, o seu sistema nervoso tende a relaxar e você se sente mais tranquilo. Consequentemente, a necessidade de perseguir coisas externas diminui, pois você se sente regulado internamente.
Dopamina e o Ciclo da Perseguição
Muitas vezes, a perseguição é impulsionada pela busca de dopamina: a resposta, a validação ou a aprovação. Ao conseguir o que se buscava, a sensação de bem-estar é momentânea e logo se esvai, exigindo mais da mesma fonte. É a molécula do “mais, mais”.
É comum ouvir pessoas dizendo que atraem consistentemente o mesmo tipo de energia, como narcisistas, em diferentes áreas da vida (família, trabalho, relacionamentos). Isso acontece porque o que você atrai reflete uma oportunidade para integrar um aspecto seu que está sendo negado. Se você se acostumou com a energia narcisista na infância, por exemplo, ela pode parecer familiar e, portanto, “segura”, fazendo com que você atraia situações semelhantes.
Embodying Power and Breaking Patterns
A chave é se perguntar: onde posso começar a incorporar as partes de mim que foram negligenciadas, permitindo-me estar mais no meu poder? Muitas vezes, isso envolve assumir uma postura menos passiva e mais proativa, focando em estar presente no corpo e em uma estrutura interna mais forte.
Isso se traduz em ações práticas como:
- Estabelecer limites.
- Ser vulnerável.
- Aprender a dizer “não”.
Essas são as lições necessárias para quebrar o padrão de atrair essa energia indesejada.
O Vício na Narrativa: Vítima, Perseguidor, Salvador
É importante reconhecer que, por vezes, estamos viciados na própria história ou dinâmica que repetimos. Pense no triângulo da codependência: perseguidor, vítima e salvador (ou resgatador/fixador). Alguém precisa assumir cada um desses papéis.
Você pode se queixar de atrair perseguidores, mas, na verdade, pode ser que se sinta muito familiarizado com o papel de vítima ou de “fixador”. Se você se identifica como vítima, a sensação de ter alguém controlando ou o mundo sendo injusto pode trazer um “payoff” emocional, confirmando sua crença sobre como a realidade funciona.
Pessoas que agem como “pleaseurs” (agradadoras de pessoas) ou que tentam “consertar” os outros muitas vezes fazem isso para desviar a atenção de si mesmas e evitar lidar com suas próprias questões emocionais reprimidas, como raiva ou tristeza.
O que você pensa que é ajuda, pode ser, na verdade, um ato de facilitação (enablement). Se você continua facilitando, continuará atraindo vítimas que precisam de você, pois isso faz você se sentir necessário — e essa sensação de necessidade é o que te mantém preso nesse ciclo codependente.
Transformando a Energia da Vítima
Para quebrar o ciclo, a vítima deve transformar a energia de “a vida está acontecendo comigo” para “a vida está acontecendo para mim”. Você para de se identificar como vítima ou como o eterno resolvedor de problemas, entendendo que consertar os outros muitas vezes é uma distração para não olhar para si mesmo.
Rendição e o Sistema Nervoso
Para resetar o sistema nervoso e sair do modo de “luta ou fuga” automático, é essencial permitir-se sentir, curar e liberar a energia armazenada no corpo. Práticas de respiração, como o trabalho respiratório somático, ajudam a liberar essa energia reprimida, promovendo uma sensação de liberdade e relaxamento, e permitindo que você confie em estar presente no momento, em vez de congelar.
A rendição, nesse contexto, é abrir mão do controle, que é uma manifestação do ego separado. O ego busca o controle porque se sente seguro em padrões familiares. Rendição é permitir que o fluxo da energia divina, ou do universo, passe através de você, possibilitando que você sinta, cure e libere.
Quando você se rende, você permite que o fluxo do universo aconteça, e a mágica do desconhecido se revela.
A Armadilha do Pedestal e a Importância
Um conceito importante é diminuir o nível de importância que damos às coisas, como explorado no livro “Reality Transurfing”. Na realidade fundamental, tudo é neutro. A importância excessiva ou o significado que atribuímos a algo cria uma separação energética entre você e esse algo.
Se você coloca um parceiro, um trabalho ou um chefe em um pedestal, você gera resistência. A ideia de que “essa pessoa é melhor do que eu” ou “eu preciso ser de certa forma para ela” estabelece uma hierarquia energética. Como diz um ditado, se você trata alguém como celebridade, será tratado como fã.
Quando você coloca alguém em um pedestal e entrega seu poder, a dinâmica se estabelece de forma desigual, tornando o objeto de sua admiração quase inalcançável. O maior passo que você pode dar é perceber que nenhuma pessoa ou coisa é mais importante do que você, mas também nenhuma é menos importante que você. Todos estão em um campo de jogo igual.
Ao atingir metas, se elas foram colocadas em um pedestal, a conquista não trará a felicidade prometida, pois a verdadeira completude não vem de fontes externas. Você pode ter objetivos, mas não deve acreditar que eles irão te completar.
Let Go: A Escolha entre Apego e Felicidade
Deixar ir é uma escolha. A dificuldade em soltar o apego muitas vezes reside no significado que atribuímos a ele e à identidade que construímos em torno desse significado. A crença do ego é que, se eu controlar, evitarei emoções desconfortáveis ou conseguirei o que quero.
No entanto, segurar o controle cria resistência e bloqueia o que você deseja. O oposto é verdadeiro: é quando você solta o controle que as coisas se alinham. Você se permite receber.
Pense em quando as pessoas encontram o amor verdadeiro: geralmente é quando elas param de procurar e começam a focar em si mesmas e a ter diversão. O apego é o oposto da felicidade; você não pode ter os dois. Ao perceber que o apego não traz a felicidade, você escolhe a liberdade.
O controle se manifesta quando focamos no resultado final. A libertação ocorre quando focamos no processo e em estarmos presentes no momento.
O Medo da Pobreza e a Autoavaliação
Quando surge o medo de que “todos me odeiam porque sou pobre”, é crucial examinar a crença subjacente: por que você associa seu valor e aceitação à sua condição financeira? As pessoas ao seu redor refletem o que você acredita ser verdade sobre si mesmo.
Se você projeta energia de estar sempre em alerta ou se sentindo “por um fio”, você pode interpretar cada ação mínima dos outros como confirmação de que eles te odeiam. No entanto, é mais provável que você esteja se julgando por se sentir pobre, e essa autocrítica é projetada externamente.
Se você realmente acredita que é pobre e abraça essa verdade, você se torna automaticamente mais atraente, pois aceita a si mesmo. O problema não é a falta de dinheiro, mas a internalização da crença de que a ausência de dinheiro o torna indigno.
Riqueza não garante felicidade, e muitas pessoas ricas são viciadas em sucesso, buscando validação de valor através dele. A verdadeira atração vem da aceitação de quem você é, independentemente da situação financeira.
Conexões e Propósito
O que realmente importa na vida são as conexões que fazemos e o relacionamento que temos conosco e com os outros, além da expressão do nosso propósito no mundo. Muitos bens materiais acumulados podem se tornar um fardo, e a simplificação da vida revela o que é essencial.
No final da vida, acredita-se que sentimos o que fizemos os outros sentirem. Servir ao divino e adicionar valor aos outros, mesmo sem um grande público, é profundamente significativo. Estamos em um tempo de despertar coletivo, um momento para retomar nosso poder.
A chave final é a auto-investigação: Quem eu seria sem o pensamento de que não posso soltar? Quem eu seria sem a crença de que preciso controlar para me sentir seguro? Encontrar a resposta a essas perguntas é o caminho para a liberdade e para viver no fluxo da realidade.
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